Em psicologia o modo de abordagem mais tradicional é centrado no indivíduo. Contudo, nós somos o que somos, em relação. Por isso a Terapia Familiar e Sistémica centra-se mais no sistema do que nos elementos que a compõem. Desse modo, os relacionamentos interpessoais são considerados como um fator determinante para o bem estar geral e os problemas são vistos como o resultado das interações sistémicas, e não como o resultado de um problema particular de um indivíduo.

Os terapeutas familiares orientam o seu foco de intervenção mais para o modo como os padrões de interação familiares sustentam um problema, do que propriamente para a identificação das suas causas. Considera-se que a família como um todo é maior do que a soma das partes. A aposta é feita na competência das famílias e por isso acreditamos que a mudança está ao alcance de todos.
Terapia familiar
As consultas de terapia familiar destinam-se  a todos aqueles que estejam a passar por uma fase emocionalmente instável, com dificuldades ao nível da comunicação e da relação ou simplesmente, para aqueles que sentem já terem feito tudo para tentar mudar uma situação que não depende só delas. Os problemas podem ser entre pais e filhos ou entre irmãos, mas podem também abranger a família mais alargada e envolver avós, sogros, cunhados e até amigos próximos.
O pedido pode ser feito apenas por um dos membros do sistema familiar, contudo é sempre mais vantajoso conseguir reunir  todos os envolvidos ,logo desde o início do processo. Se isso não for de todo possível, podemos avançar com uma abordagem sistémica com apenas um dos elementos e os restantes reunirem-se mais tarde. Também é possível que alguns elementos da família venham a ser chamados para algumas sessões e mais tarde não precisem de estar presentes, se assim se justificar.

Eis alguns dos temas abordados em terapia familiar ou razões que justificam a procura de ajuda:

Aprender a lidar com filhos pequenos
Dificuldades em lidar com filhos adolescentes
Como viver com a saída de casa dos filhos: o ninho vazio
Saber relacionar com a família alargarda
Compreender os novos tipos de família
Integrar os filhos: os meus, os teus e os nossos



Aconselhamento Parental
Para as famílias com filhos pequenos e adolescentes o problema parece muitas vezes estar centrado na própria criança, e mães e pais veêm-se muitas vezes assoberbados e desgastados nas inúmeras tentativas de ajudar o seu filho ou em incutir-lhes algum juízo, mas sem sucesso. Educar é uma tarefa exigente e complexa e os filhos não trazem livro de instruções! Também não existem livros milagrosos que tenham todas as repostas para cada um dos nossos filhos, pois eles são únicos. A consulta de Aconselhamento Parental pode ajudar a compreender melhor o que se passa com a criança e a descobrir em que é que os pais podem intervir para ultrapassar as dificuldades sentidas por miúdos e graúdos.

Aconselhamento Parental destina-se a situações de:

Birras
Perturbações do sono
Problemas na alimentação
Promoção da autonomia
Entrada na creche e infantário
Relação com irmãos
Agressividade
Ansiedade e os medos
Tristeza e o isolamento
Rendimento escolar
Relação com os pares



Terapia de Casal
A terapia da casal segue os mesmos princípios da terapia familiar mas está directamente relacionada com a interação entre os dois membros do casal e suas especificidades. O foco está  nos padrões relacionais e comunicacionais entre o casal, e são abordados temas como a cultura familiar de cada um, a história familiar e as suas vivências, no sentido de perceber como estas experiências contribuem para o modo como se relacionam um com o outro.
Trabalha-se também o genograma, que é um instrumento de trabalho semelhante ao que se conhece por árvore geneológica, mas que contém informações importantes como datas de nascimento e morte, casamentos e separações, profissões, relações entre familiares, etc. As situações mais frequentes na procura de um terapeuta de casal são a eminência da separação, situações de divórcio, afastamento conjugal, indidelidade, questões ligadas á sexualidade e dificuldades na comunicação. Também pode acontecer iniciarmos um processo de terapia familiar que depois se encaminha para uma terapia de casal pois o foco da intervenção passa a ser o sub-sistema conjugal.